quinta-feira, 29 de maio de 2008

PALAVRAS DE OBSERVANTE



# A noite esta lagoa, límpida e parada, é o espelho da lua e a cama das estrelas...

# Escrever, é uma sofrida e contínua busca de quem nos entenda.

# Vivi muito mais do que merecia, ou esperava. Distribuí tudo o que pude e que me pertencia:
minhas mãos para amparar, meus braços para proteger, meu silêncio para ouvir, minhas
palavras para consolar, e mais, a minha solidária companhia.
Dei-ma por inteiro, e o quanto imaginava que podia. E agora, depois de viver tanto, repasso a
minha vida, e sem nada mais para dar, compreendi que me dei muito pouco.

# Tento preencher este vazio que me persegue, com lembranças. Mas lembranças, afinal, nada
valem, porque não conseguem ocupar o vazio de tudo em que não estás.

# Há quem diga, sem pensar, que "devagar se vai ao longe". Com certeza, os que acreditam
nisso, nunca chegarão a lugar algum.

# É curioso como as pessoas não se dão conta como a entonação com que uma frase é dita pode
mudar completamente o seu sentido.

# Quando escrevo, de uma forma simples, sobre coisas simples como o pão que me alimenta
ou a água que bebo, páro para pensar como as coisas simples são importantes para as
nossas vidas. E quase nem o percebemos.

# Seja como for, lembra-te de que nada existe, na vida, que te proíba de sonhar.

# Na vedade o como és não tem importância alguma. O que importa é que alguém te aceite, seja
teu amigo, tua companhia, e goste de ti. Exatamente como és.

Théo Drummond
(do livro "Palavras de Observante")

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