segunda-feira, 16 de junho de 2008

CADA VEZ



Cada vez que te vejo adormecida
sento na cama e fico a imaginar
se deveria te deixar despida
e outra noite de amor recomeçar.

Por certo que é maldade concebida
meu pensamento para te acordar.
Mereces uma noite bem dormida,
por isso penso só que vou deitar.

Olho-te e vejo como este teu sono
me impede de dormir porque ao meu lado
seu corpo nu é a imagem do abandono.

E eu me sinto infeliz e acabrunhado:
de que serve pensar que sou teu dono
e ter de não te ter, desesperado?
Théo Drummond

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