quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SONETO DE AMOR


Do amor, quando a lembrança dele vem,
mesmo sabendo que ele não é seu,
a boca fica amarga e não convem
ficar lembrando aquilo que morreu.

É bom sentir que o nosso peito tem
lugar para outro amor que apareceu,
para ser nosso só, de mais ninguém,
dando de volta o que você perdeu.

E então, ao se viver o novo amor,
é preciso uma entrega permanente,
num sentimento cheio de fervor.

E então é assim que o nosso peito sente
que não há mais tristeza e nem há dor,
que consigam viver dentro da gente.

Théo Drummond

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