domingo, 3 de maio de 2009

NECESSIDADE



Quando chamei-te foi para falar-te
quanto meu coração de ti precisa.
Mas foste andando assim como quem parte
para nunca voltar - andar de brisa.

Sei que um dia qualquer - data imprecisa -
irás passar de novo e eu a chamar-te
vou outra vez sentir que o vento avisa:
não há nada a fazer, somente amar-te.

Até quando iludir-me e na distância
deixar que o coração nunca te esqueça
e viva da esperança e dessa ânsia,

De que um dia qualquer teu passo esquivo
pare e me dês o olhar que eu já mereça
pois a esperar por ele é que ainda vivo.

Théo Drummond

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