sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

VIDA

Caminho, passo a passo na procura

da trilha onde estarei sempre sozinho.

A terra em que ando é negra, sempre dura,

cada arbusto, secando, é puro espinho.


A linha do horizonte é tão escura,

nuvens morrem no céu. em desalinho.

A água do veio serpenteia, impura

- nem sei por que escolhi este caminho.


Talvez as incertezas dessa trilha

terminem num lugar inesperado,

nem valha a caminhada tão sofrida.


E então percebo que longínqua brilha

uma luz estelar, como um recado,

de que é preciso dar valor à vida.


Théo Drummond



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