domingo, 10 de outubro de 2010

SONETO DO NÃO SABER


Penso no longo tempo que vivi

E as lembranças que guardo são tão poucas...

Todo o tempo passado eu me senti

cercado de tristeza, idéias loucas...


Ah, por que foi que eu mesmo me encolhi

falando nessa voz sempre tão rouca,

e nunca,. em todo o tempo, percebi

que a morte vem - como um foguete espouca?


Importa pouco a mim quando chegado

o momento final que enfrentarei

sem medo do que for, traumatizado.


E assim, sem me dar conta do esperado,

Faça a morte o que for, se já nem sei

o que fui, o que sou, ou o que serei.


Théo Drummond

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