sábado, 4 de dezembro de 2010

SONETO LOUCO

O chão cheio de estrelas, piso nelas.
E o céu, de terra pura, não tem flor.
Não sinto,no meu peito, falta delas.
Caminho pelas nuvens, como for.

O sol sem brilho nunca tem calor
E agora é frio.Onde as mulheres belas?
Onde a tranquila paz, feita terror?
O quadro das acácias amarelas?

O mundo é escuro e aos esbarrões caminho,
Penso mas sei que penso sem saber
Que em minha realidade estou sozinho.

Bebo a água da chuva - lama pura,
Não tenho o que falar,  quero morrer,
Pois meu viver foi sempre uma loucura.


Théo Drummond

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