terça-feira, 12 de abril de 2011

MEUS VERSOS


Meus versos feitos de tudo
que a vida tem me ensinado,
cada qual fica marcado
naquilo que me impressiona:
às vezes são de veludo
ou de ferro, como escudo,
às vezes rosto afogado
num esgar, que veio a tona.

Meus versos são como a água
que presa o vento sacode,
por mais que ela rode e rode
não se liberta e nem corre.
Palavras cheias de mágoa
na cantinela que explode,
e ao nascer, o verso morre.

Théo Drummond

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