Parado, sem saber para onde ir,
Sento num banco de uma praça e fico
Esperando o que certo há de não vir
E parece que então me petrifico.
Não há ninguém ali para sentir
A tristeza em que me corporifico.
O ar parado nem tem como partir
E eu nem sei mesmo, ali, o que significo.
Não ter sequer um rumo é meu destino.
Nem há como saber a direção
Que minha vida vai, desde menino.
Parado aqui, não sei qual a razão.
O homem que sou morreu, por repentino.
No banco eu não sou eu, me sinto um cão.
Théo Drummond
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