sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O VENTO


Quando o vento passa
e arrasta pelo chão
tudo o que nele havia,
toda vazia fica a praça,
e até o velho cão
que faz do banco sua moradia
vai embora dali, e perde a graça
a praça esvaziada pela ventania.

Mas para quem conhece
aquilo que o vento faz – nem desespera,
sente tristeza, não.
Pois de repente o vento se arrefece
e lentamente tudo ali se altera,
logo as coisas retornam como são:
uma ou outra pessoa reaparece,
e volta para o banco o velho cão.

Théo Drummond

0 comentários: