quarta-feira, 8 de abril de 2009

FLORES


As flores que pensei que fossem minhas
não eram, na verdade, de ninguém.
Brotaram no jardim, todas sozinhas,
naturalmente, como sempre vêm.

São diversas nas cores e nas linhas,
mas percebo que cada qual mantem
a postura orgulhosa das rainhas
- sempre ditantes, como lhes convém.

Mesmo não sendo minhas, mesmo assim,
admiro-as e tenho orgulho delas
enfeitando de cores meu jardim.

Roxas, brancas, azuis ou amarelas,
fazem nascer a inspiração em mim
que escrevo versos para todas elas.

Théo Drummond

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