sábado, 19 de setembro de 2009

A ÁGUIA

Para Clau Assi, querida amiga, que me contou a história.


A águia sabe o momento de parar:

arranca as penas gastas e, paciente,

aguarda que outras cresçam, no lugar,

para enfrentar os ares, novamente.


Não há nada mais belo do que o voar

da águia, de asas abertas, imponente.

Lá das alturas fica a procurar

o que precisa, pra que se alimente.


Trocar as velhas penas é entender

que a gente pode, mesmo com saudade,

ser feliz mesmo quando envelhecer.


E ao voltar a voar, sempre à vontade,

de alma nova, voltar a perceber,

que quem faz nosso vôo é a nossa idade.


Théo Drummond



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