Para Clau Assi, querida amiga, que me contou a história.
A águia sabe o momento de parar:
arranca as penas gastas e, paciente,
aguarda que outras cresçam, no lugar,
para enfrentar os ares, novamente.
Não há nada mais belo do que o voar
da águia, de asas abertas, imponente.
Lá das alturas fica a procurar
o que precisa, pra que se alimente.
Trocar as velhas penas é entender
que a gente pode, mesmo com saudade,
ser feliz mesmo quando envelhecer.
E ao voltar a voar, sempre à vontade,
de alma nova, voltar a perceber,
que quem faz nosso vôo é a nossa idade.
Théo Drummond
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