domingo, 22 de novembro de 2009

ARCO-ÍRIS

A água da cachoeira cai, e nascem bolhas

que logo se transformam em poeira d´água e duram

o tempo de subir, para encharcar as folhas

que em todo o paredão, nas frestas, se misturam.


Grava bem o que vês, pois que não tens escolha,

pois só na natureza as belezas perduram.

Olhando-as, os teus olhos deixam que recolhas

a alegria de achar o que poucos procuram.


Lá em baixo o frio lago de águas irrequietas

permite a formação de um veio que começa

a procurar seu leito em meio às plantas quietas.


E antes que te domine a idéia de partires,

de novo olha a cachoeira e não tenhas pressa

pois terás a emoção de ver nascer o arco-íris.


Théo Drummond



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