quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PAUSA

Quando morrer quero que estejas perto

de mim, desde o momento em que parti.

Sei que teu mundo ficará deserto,

e eu vou sentir, também, falta de ti.


A gente vive, mas o instante certo

que marca o tempo de ficar aqui,

nunca é mudado ou deixado aberto,

e isso, desde cedo, compreendi.


Espero que o partir não seja o ensejo

de pensares que nunca mais te vejo

nem me verás, por ser a morte assim.


Mas pensa que o morrer é como pausa

entre uma vida e outra, e é isso a causa

de ser a morte pausa, nunca o fim.


Théo Drummond



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