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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DESPEDIDA

Outona-se a poesia no poeta
despedem-se os versos
amarelecidos pela desesperança.
Deixe que repousem
pousados no chão úmido de lágrimas.

Um dia,
se a primavera voltar
os trará de volta.

Ou,
servirão, quem sabe, de adubo
ajudando que
versos fortes surjam
brotados sobre as letras
que ali jaziam
esquecidas pela passagem do tempo.

Clau Assi



Amigos,

Estou me ausentando da internet por tempo indeterminado. A rotina me vence, temporariamente.  Se Deus quiser a primavera logo me visitará.

Um grande beijo ternurento.

Clau Assi

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DE DOR E ESPERANÇA



Nos meandros da dor
esperam sentadas
a onda de esperança,
que sempre chega,
e lava os pés
pendurados na janela.

(Poema oferecido às crianças que sofrem com câncer infantil)

Clau Assi

sábado, 17 de março de 2012

SARAU

Num tempo de breu
de braços estendidos
dor intensa
a vida soluçou-me
saudade imensa
ecoou-me.
Rígida e fria
qual tampo de mármore.

Poesia bendita
que em rimas suaves
sonho acordou
corpo e alma juntou.

Repara, vê!
Sob seu laço estreito
eu e você
atados num abraço
formamos o infinito
e recebemos a vida
de braços estendidos
soluçando amor.

Clau Assi

sexta-feira, 2 de março de 2012

ATA-ME


De corpo e alma, ata-me,

tronco firme de amor.

Carrega-me,

amarras rubras de sangue,

deslizando juntos,

eternidade afora, ata-me.


Clau Assi

sábado, 28 de janeiro de 2012

DE VOLTA AO LAR

Escuta!
Quando o acorde parecer final
e o brilho do sol parecer o último.
É retorno!
Ao lar.
Lá, onde te esperarei com flores na janela.

Clau Assi

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ENTRE RENDAS


Cercado pelo concreto

em luz artificial

o amor explode

e nesse derrame

sentimento maior

transforma o mundo

num caminho

rendado de sol.


Clau Assi

sábado, 31 de dezembro de 2011

ANO NOVO

...rompe livre

das mãos divinas

infante asas

céu rasgado

inaugura a era

de um tempo desnudo

em rastro recente

de recomeço

que segue

de mãos dadas

com a esperança...


Clau Assi

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CAMINHO ESQUECIDO

Alma onde o sol não brilha.

Ventre vazio de cores.

Esquecido do caminho de volta

vive o homem,

prisioneiro ilhado,

numa Babel de concreto

afogado num mar de solidão.


Clau Assi

terça-feira, 15 de novembro de 2011

DIA DE CHUVA


As gotas dançam pela janela,

o sol descansa por hoje,

preguiça inunda-me vitoriosa,

entre um pingo e outro, cochilo

ouvindo o banho das flores.

Clau Assi

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ALMA GÊMEAS


Num tempo mui distante,
como nó que se rompe,
gêmeas almas perderam-se
suspenso amor.

Castigadas pela distância
venceram o tempo
carregavam, no entanto,
o gosto desconhecido da saudade.

Uma tarde,
no coração exato da cidade,
o reencontro
o beijo.

Elo reatado
caminham,
passos firmes e uno,
rumo à eternidade.

Clau Assi

domingo, 16 de outubro de 2011

MENTIRA



Como castelo construído à beira mar
que não resiste ao vento,
nem ao espraiar das águas,
suas palavras perdem-se.
Areia movediça
que te suga
e pra sempre
te prenderá.

Clau Assi

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CHAVES

As palavras são chaves
abrem o interior
escolha-as cuidadosamente
uma a uma
mostram seu mundo
uma a uma
ao mundo te apresentam.

Clau Assi

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

C’est moi!

Nem flor

nem espinho

mulher apenas.


Clau Assi

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

LENTAMENTE SÉPIA


Amarelece a foto

reflexo da alma

que desmorona

minuto a minuto

em cada pensar

sem paz

como a praça

que ora longínqua

se desfaz...


Clau Assi


segunda-feira, 25 de julho de 2011

ANTIGO RETRATO


Minha velha professora nos ensinou um dia
Que amor era substantivo abstrato
E a nós discutir não cabia.

Seguiria desiludida, distribuindo vã sabedoria
Não fosse pousar em suas trêmulas mãos, antigo retrato.
Moço mais formoso não havia
Sua pele, seu cabelo, seu andar e trato
De olho na foto o coração batia
Era o menino lindo que conhecera ainda estudante no internato.
Ao passado voltou, como fosse magia
Encontrar um amor tão grande quanto insensato
Amor de menina que agora sabia
Que nunca seria de fato.

Então, voltando ao presente dia
A professora à classe proferiu um ultimato:
Amor não é abstrato
Amor é concreto e ela sabia
Pois podia vê-lo no antigo retrato.

Clau Assi

quarta-feira, 13 de julho de 2011

SOLIDÃO


Lonas coloridas,
disfarces que mal sustentam
a alma que treme
diante das visões fantasmagóricas.
Travessia solitária,
sobre um mar salgado,
sob um céu cinzento.
Barco à deriva
arrastando correntes
na densa neblina.

Clau Assi

sexta-feira, 24 de junho de 2011

QUENTE INVERNO

Quando vem a noite
e o frio ameaça gelar
à beira do fogo
nosso calor ao dele se mistura
entre sombras e labaredas;
gemidos e promessas
na penumbra quente e macia
sou tua
leve fumaça morna
minha alma a tua unifica-se.
Sim, sou tua.
União consumada,
brindo!
Brindo ao frio!
Brindo ao calor!
a você
ao amor!

Clau Assi

segunda-feira, 30 de maio de 2011

RUBRA FLOR

em flor
me lês
me versa

em pétalas
me solto
flano no ar

em cetim
te encontro
me entrego

rubra paixão
latente na pele
que grita arrepios

Clau Assi

quarta-feira, 25 de maio de 2011

ENCANTAMENTO

Real encontro

que cintila na pele,

crava n’alma

um banho de arco-íris

escorre em mim

cores de eterno amor.

Clau Assi

sexta-feira, 20 de maio de 2011

LIBERDADE


Para que a palavra voe
e pouse
em gesto de candura
foge a flor
da cerca tirana
canta ao mundo
que a liberdade não tem fronteira.

Clau Assi